O superintendente do Senar Minas Antônio do Carmo Neves e o diretor da Faemg Breno Mesquita reuniram-se ontem (20) com representantes da Fundação Hanns Neumann Stiftung do Brasil para discutir parcerias para alavancar a produção de café com qualidade e sustentabilidade em Minas Gerais.

O presidente Michael Opitz e o diretor geral Elio Cruz de Brito estão conversando com instituições que incluam desde entidades de produtores até torrefadoras, universidades e outras, como Epamig, Emater e órgãos governamentais para atuar nas regiões Sul de Minas e das Matas de Minas de forma piloto.

 Senar, Faemg e Fundação Hanns Neumann reúnem-se para alavancar sustentabilidade e qualidade do café de Minas

A partir da esquerda: Breno Mesquita, Antônio do Carmo Neves, Michael Opitz e Elio Cruz

 

De acordo com os diretores, Senar e Faemg já são entidades estratégicas neste projeto. A essas, soma-se o Inaes, com sua expertise em pesquisa e com o lançamento da plataforma de sustentabilidade, que vai ao encontro do que a fundação busca. “Queremos motivar o processo de cafeicultura sustentável, traçando metas, linhas de ação, monitoramento e avaliação”, explicou Michael Opitz, que acredita ser possível mudar a realidade do setor cafeeiro em 10 anos com este trabalho.

O diretor Breno Mesquita acredita que a proposta da Fundação Hanns Neumann vem “em muito boa hora”, já que o café brasileiro é um forte concorrente dos cafés internacionais. “Precisamos mostrar que Minas Gerais e o Brasil estão fazendo seu ‘dever de casa’ direitinho e motivar o produtor a ver que ele ganha sendo sustentável. Um café produzido com qualidade e sustentabilidade tem uma grande vantagem competitiva em relação aos outros países”, avalia.

Antônio do Carmo Neves e Breno Mesquita asseguraram que a Fundação pode contar com o Senar e a Faemg como parceiros, desde que os produtores de café tenham possibilidade de aumentar a rentabilidade. A proposta dos visitantes também abrange outras duas linhas que o Senar tem atuado bastante, que é a sucessão familiar rural e a capacitação de jovens: “Os jovens do campo precisam de mais oportunidades. Investir neles é bom para o futuro não só da cafeicultura, mas da sociedade”, diz Michael Opitz.