A fruticultura vem ganhando importante papel na diversificação do agronegócio mineiro. Em pomares espalhados por todas as regiões do estado são cultivados banana, limão, mamão, abacate, abacaxi, manga, laranja, mexerica ponkan, entre outras. A produção abastece o mercado interno, mas também já chega à mesa de consumidores de outros países. Como todo setor do agronegócio, o de frutas também tem seus problemas pontuais e necessita de ações governamentais, questões que foram discutidas na reunião da Comissão Técnica de Fruticultura da FAEMG, em BH.

“Estamos vivendo nova etapa na FAEMG, com demandas de um setor que vem se desenvolvendo muito em Minas e já com produção bem diversificada. Isso estimula a Federação nas ações em defesa dos produtores”, disse o presidente do SISTEMA FAEMG, Roberto Simões. Segundo ele, por ter representantes das regiões produtoras, as comissões técnicas são uma forma de a Federação conhecer melhor os setores, os problemas e as demandas dos produtores.

Entre os temas discutidos pela Comissão de Fruticultura, estão a Lei 13.340, que trata da renegociação das dívidas agrícolas contraídas até 31/12/2011. O pedido da ABANORTE é para que o período seja estendido até 31/12/2016. Segundo a coordenadora da Assessoria Técnica da FAEMG, Aline Veloso, a alteração da Lei 13.340 foi uma das sugestões da Federação para o documento elaborado pela CNA, para contribuir com o Plano Agrícola 2017/18.

Outra questão relacionada a dívidas diz respeito aos produtores de banana, que tiveram problema com o mal do Panamá, que atacou as lavouras, provocando elevados prejuízos. A FAEMG tentou, no ano passado, por meio de uma comissão de deputados estaduais, a renegociação destas dívidas junto ao BDMG, mas sem sucesso. “Em virtude da situação econômica de Minas, vamos aguardar o melhor momento para reapresentarmos esta demanda junto ao governo do estado”, disse o presidente da Comissão de Fruticultura, Dalton Londe.

Também foram discutidas a necessidade de se fazer o georreferenciamento das culturas de frutas no estado, para se conhecer a realidade do setor; ações preventivas à mosca da fruta; bitributação de ICMS na energia elétrica rural e a realização de missões técnicas internacionais.