Experimentamos hoje a era da velocidade. O fluxo das informações, transformações de mercado e quebra de paradigmas ocorre em um piscar de olhos. Mudanças que antes demoravam décadas para se concretizar, agora acontecem em meses. Esse cenário é desafiador para os gestores, que precisam estar constantemente dispostos a conhecer novas estratégias de gerenciamento de negócios e pessoas.

Em um curto espaço de tempo, assistimos a empresas que surgiram pequenas e criadas com recursos relativamente pequenos, como WhatsApp, Netflix e YouTube, tornarem-se referência em seus segmentos, enfrentando gigantes de igual para igual. Vivemos na batalha de Davi contra Golias, porque o pequeno consegue competir com o grande e vencê-lo, caso surpreenda o mercado com algo criativo e novo.

A informação ou conhecimento não é mais por si só garantia de sucesso. É preciso cooperar e aplicar o saber, transformando-o em soluções que facilitem o dia a dia das pessoas. Novas ideias precisam de um ambiente plural para florescer e muitas empresas se restringem a quadros monocromáticos de funcionários. É necessário ouvir outras vozes. E nesse quesito as cooperativas podem ser um excelente referencial.

Diante de um cenário tão rico de possibilidades e altamente mutável, a visão estratégica é um elemento que se faz ainda mais necessário. Os líderes-gestores, como assim prefiro denominar os profissionais que reúnem essas duas qualidades, precisam conciliar a situação presente de seus negócios com o futuro desejado. Não se pode traçar metas observando somente os feitos já alcançados, pois isso seria como dirigir um carro olhando somente pelo o retrovisor. Uma outra dificuldade enfrentada pelos profissionais é a autoavaliação da situação presente da instituição, apontando todos os erros e soluções possíveis.

O mapa em direção aos objetivos estipulados não se torna menos importante, mesmo que seja preciso recalcular a rota algumas vezes durante o percurso. No livro Alice no país das maravilhas, escrito por Lewis Carroll, Alice pergunta ao gato qual caminho deveria tomar e o felino responde que para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho é o certo, e desaparece, deixando no ar somente um sorriso sarcástico. E é exatamente isso que o mercado faz com quem não sabe o que quer. Se não há planejamento, o gestor tem que se contentar com os resultados que surgem.

Pensar estrategicamente no futuro é preocupar-se com o legado que será deixado para uma próxima gestão. Uma dinâmica própria que já faz parte do dia a dia das cooperativas: reconhecer os que vieram antes e deixaram uma herança para assim estar apto para fazer o mesmo. Para alcançar as metas estipuladas e criar um legado, além de possuir um objetivo claro, o gestor precisa saber a viabilidade do negócio que comanda. A preocupação com o planeta é tão importante quanto o lucro desejado e eles não devem ser dissociados. Uma empresa sustentável é aquela que produz e consume pautada na economia dos recursos que serão necessários para as próximas gerações. E as cooperativas são um bom exemplo de empresas vocacionadas para isso.

Para se tornar sustentáveis, as instituições precisam, em primeiro lugar, que seus líderes pensem em resultados e valores. Além disso, eles devem estar atentos a cinco pontos: educação das partes interessadas; comunicação eficiente de valores e ações; inserção de valores na estratégia do negócio; visão de oportunidade e não só de risco; um líder que acredite apaixonadamente na sustentabilidade.

Para viver em mundo que se reconfigura a todo instante é preciso desaprender para dar espaço para um novo aprendizado. Não existem fórmulas mágicas. A estratégia que funcionou até hoje para o seu negócio pode não fazer mais sentido em curto espaço de tempo. É preciso cooperar, investir na gestão e buscar novas soluções, sempre de olho na sustentabilidade. E o Sistema Ocemg está ao lado das cooperativas mineiras, colaborando para a transformação da realidade e o alcance do sucesso.

 

Fonte: Faemg