Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a sexta-feira (11.10) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação subindo apenas 0,06% para a média de R$ 88,05/saca. Com isto, o acumulado do mês saltou para positivos 1,49%.

“A queda de 0,68% na cotação do dólar neutralizou grande parte do aumento de 1,35% na cotação da soja em Chicago e da atividade da China no Brasil, segurando a alta dos preços que os compradores ofereceram sobre rodas nos portos do sul do Brasil ou seus equivalentes em outros estados”, explica o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Pacheco.

No interior, o avanço foi bem maior, de 2,13%, para R$ 83,04/saca, contra R$ 81,31/saca do dia anterior, com o acumulado do mês também aumentando para 2,68%, impulsionado pelas altas dos preços de farelo e óleo.

CHINA ATIVA

“Mais de uma vez afirmamos aqui que os chineses são mestres na comercialização, e este é um fator importante imaterial do mercado de soja. E mais de uma vez Chicago se entusiasmou com declarações da China, elevou excessivamente as cotações da soja, se decepcionando depois. Também afirmamos mais de uma vez que, mesmo fazendo acordo com os EUA, a China não abandonaria o Brasil”, aponta Pacheco.

Na última sexta, mesma com a prévia do acordo comercial com os EUA, as compras concretas aconteceram na América do Sul, em plena janela de exportação americana. Nada foi reportado sobre compras nos EUA. Foram adquiridos 17 cargos, equivalentes a 1,02 milhão de toneladas, dos quais 10% NC, entre Brasil e Argentina. Na Origem, as vendas dos agricultores (Farmers Selling) atingiram 1,0 MT no Brasil e 350 mil tons na Argentina.

 

Fonte: Agrolink